domingo, 10 de junho de 2012

Arte Chinesa


Atividade Permanente Sumiê

CONTEÚDOS
■ Arte chinesa.
■ Pintura chinesa (sumiê).

ANOS 2º ao 5º.

TEMPO ESTIMADO Dois meses.

MATERIAL NECESSÁRIO
Reportagens sobre cultura e arte chinesas, uma lenda chinesa (sugestão: Os Dez Sóis Que Se Apaixonaram pelas Doze Luas), papel canson, aquarela sólida, pincéis redondos de diferentes tamanhos, cartolina, tesoura, giz de cera, adesivo de dupla face, caneta esferográfica grossa e papel cartão, máquina fotográfica e filmadora.

DESENVOLVIMENTO
■ 1ª ETAPA
Organize uma roda para apresentar o projeto e os conteúdos que serão trabalhados. Em seguida, peça que cada criança imagine um lugar na China e o desenhe em folha branca,
com lápis de cor. Pendure as obras e discuta os resultados. Qual o motivo da escolha daquela paisagem? E das cores? Que sentimentos as pinturas transmitem? Avalie os conhecimentos que a turma já tem sobre a cultura ou a estética do país. Como lição de casa, solicite uma pesquisa sobre artes plásticas, moda, arquitetura e cinema chineses. Selecione o material levado pelos alunos e organize-os em grupos de quatro. Distribua cartolina, cola, tesoura, caneta hidrocor, lápis de cor e giz de cera e oriente-os a fazer um
cartaz com texto e imagens sobre uma das áreas pesquisadas. Reserve uma aula para as apresentações. Sistematize as novas informações, chamando a atenção para os aspectos típicos da arte chinesa, como os traços que guiam as formas e as pinceladas soltas. Leve
outros materiais para consulta.

■ 2ª ETAPA
É hora da primeira apreciação. Apresente informações sobre artistas clássicos, como o pintor Shi Tao (1630-1724), e contemporâneos, como Chen Kong Fang, Wu Guanzhong, Chan Chi Vai, Chan Ka Son, Chau Van, Che Ho e Massao Okinaka (1913-2000), que
introduziu o sumiê no Brasil. Fale sobre as características da técnica e selecione obras de pelo menos dois pintores. Incentive a comparação entre elas, fazendo perguntas relativas a cores, formas e linhas. Há diferença entre o sumiê antigo e o contemporâneo? E entre a arte chinesa e a ocidental?

■ 3ª ETAPA
Leia para a turma o conto Os Dez Sóis Que Se Apaixonaram pelas Doze Luas. No meio da história, as escritas chinesas se tornam enigmas. Convide os alunos a decifrá-las e peça que escolham passagens para representar com pinturas. Distribua papel canson, aquarela e pincel redondo. Cada estudante deve fazer cinco produções, usando o pincel com força ou leveza, deitado ou em pé, com tinta diluída ou espessa, e posicionar a mão de diversas maneiras para fazer manchas, linhas e pontos. Deixe os trabalhos deitados até que sequem.

■ 4ª ETAPA
Pendure tudo em um varal para um segundo momento de apreciação. Pergunte sobre as semelhanças e diferenças entre o sumiê visto nas aulas anteriores e o que produziram.

PRODUTO FINAL
■ Exposição de arte. Separe registros de todas as etapas do projeto e monte um painel com as observações que você fez durante o processo. Na exposição, todos devem se revezar para receber os visitantes e dar as explicações necessárias.

AVALIAÇÃO
No fim de cada aula, anote hipóteses, percepções e interpretações dos estudantes. Na última aula, em roda de conversa, peça que relatem o que mais gostaram e as justificativas das escolhas feitas nas diversas etapas.

Ateliê em Sala


ProjetoAteliê na sala de aula

Anos
1º ao 3º.

Tempo estimado
O ano todo.

Material necessário
Tintas, papéis, pincéis, sucatas, um carrinho e caixas.


Conteúdo relacionado
 Reportagem
Olhar criativoMestres das paletasDiversidade de materiais, pluralidade de sentidosPinturas fantásticasA classe vira ateliêAtividades
Ateliê, do 1º ao 5º anoOficina de percurso
Desenvolvimento
1ª etapa
Comece pensando nas possibilidades de reorganização do espaço para a aula de Arte, considerando o uso de carteiras e paredes. Explore também outras áreas, lembrando que é possível desenhar na areia, pintar sobre ladrilhos, riscar o cimento com giz e compor desenhos no chão com as folhas caídas de uma árvore.

2ª etapa
Utilize um carrinho para transportar tudo de uma sala para outra. Pode ser um carrinho de supermercado adaptado ou, ainda, uma caixa com rodinhas.

3ª etapa
Para evitar que a aula deixe "rastros", tenha à mão panos e jornais. Combine, ainda, que todos usem uma camiseta velha ou um avental na aula.

4ª etapa
Ajude os alunos a se familiarizar com o ateliê, ordenando os materiais por tipo (lápis e canetinhas de um lado, papéis de outro). Para incentivá-los a compartilhar, forneça copos descartáveis para dividir a tinta.

5ª etapa
Providencie um espaço para a apreciação montando uma grande bancada com mesas ou um varal para expor trabalhos.

6ª etapa
Pergunte o que é preciso fazer para que tudo fique arrumado e limpo no fim: lavar pincéis, jogar jornais sujos fora, guardar a tinta que sobrou, reorganizar carteiras, pendurar trabalhos prontos etc. Organize grupos e responsabilize cada um pela realização de uma dessas tarefas.

Avaliação
Avalie como os alunos lidam com a nova organização da sala e os materiais, verificando se devolvem tudo ao lugar e limpam os instrumentos adequadamente. Se nem todos tiverem finalizado suas produções, guarde-as para que possam continuá-las na próxima aula de ateliê.

Artes


Fábrica de tintas e pincéis
Objetivos
- Fabricar tintas e pincéis em diferentes tamanhos e formatos.
- Realizar pinturas com os instrumentos fabricados.

Conteúdo
Pintura.
Anos
3º e 4º.
Tempo estimado
Quatro aulas.

Material necessário
Para a fabricação dos pincéis: palitos de churrasco, de sorvete e de dente, varetas de bambu, gravetos (cabo), vassouras, escovas de dente e de roupa (pelos), linha, barbante e durex colorido (amarração). Para as tintas: água (solvente, usado para dissolver os ingredientes), terra e areia de diferentes tonalidades, sementes, carvão, folhas, pétalas, beterrabas, cenouras, maços de espinafre, pedaços de papel crepom embebidos em álcool, folhas de goiabeira e laranjeira, giz, pó de café (pigmentos, que conferem cor à tinta), cola branca, goma-arábica e gema de ovo (aglutinantes, que dão liga à mistura).

Preparação
Durante a coleta de materiais, atente para espécies de plantas venenosas ou que causem alergias, deixando-as fora da atividade. Oriente as crianças a não arrancar folhas e flores, mas coletá-las do chão.

Desenvolvimento
1ª etapa
Converse sobre os tipos de instrumento de Arte que os alunos conhecem e já utilizaram. Conte a eles que, ao longo da história, em diferentes épocas e regiões, as pinturas foram feitas com materiais muito diversos. Mostre imagens de referência. Convide o grupo a coletar materiais para criar ferramentas e jeitos de pintar. Explique que cada um dos instrumentos requer três elementos: o pincel precisa de cabo, pelos e um material para uni-los. As tintas usam aglutinante (para dar liga), pigmento (para dar cor) e solvente (para dissolver).

2ª etapa
Proponha a fabricação dos pincéis. Introduza questões que relacionem a forma com a função do instrumento: que tipo de pincel produz pinceladas finas? E grossas? O que usaríamos para pintar uma parede? Que tipo de pincel é melhor para pintar uma folha sobre a mesa? Incentive os alunos a montar quantos modelos desejarem e a usar a criatividade tanto na fabricação como na decoração das ferramentas - que pode ser feita com fita adesiva colorida, por exemplo.

3ª etapa
Na fabricação das tintas, convide as crianças a fazer distintas combinações. Mostre que é possível construir diferentes características de tonalidade, espessura, densidade e brilho.

4ª etapa
Peça que os estudantes experimentem as primeiras pinceladas. Oriente-os a testar diferentes suportes, dependendo do material que produziram. Por exemplo, um pincel feito com cabo de vassoura funciona melhor em um papel colocado no chão, preso à parede ou sobre a mesa? E uma tinta mais aguada, em que superfície se dará melhor? Incentive ainda a troca de tintas e pincéis.

5ª etapa
Peça que cada criança escolha o suporte que mais lhe agradou e, com seu pincel, faça várias pinturas, explorando as possibilidades das pinceladas, das cores etc. Se necessário, repita a produção de tintas que terminaram ou estragaram. O tema pode ser livre ou ter relação com algum projeto em andamento.

Avaliação
Organize um debate sobre as escolhas feitas, desde a coleta até as pinturas finais. Avalie se os alunos compreenderam a conexão entre o tipo de ferramenta utilizado e o resultado atingido.

Projeto de Artes

Plano de Aula para Artes:

Oficina de desenho

Objetivos
1) Produzir trabalhos utilizando variadas técnicas e materiais;
2) Adquirir familiaridade com leitura de obras de arte.

Ponto de partida
O texto Arte, o que é isso?, do site Educação é um começo interessante. A leitura e a interpretação do texto podem ser uma boa introdução sobre o assunto. Outros textos sobre arte clássica, acadêmica e modernismo também podem ser estudados.

Comentário
O que é arte? A arte tem necessariamente de ser bela? O que é belo? Estas inquietações não têm respostas definitivas, mas ainda assim reconhecemos o que são "obras de arte". É importante saber o contexto de uma produção artística, mas ele não precisa necessariamente ser conhecido antes da leitura da obra. Ao contrário, muitas vezes, apenas apreciando um quadro ou uma escultura podemos descobrir muita coisa sobre a época em que a obra foi produzida.

Estratégias
1) Leitura e interpretação do texto.
2) Leitura de imagens de obras que o professor possa levar à sala de aula.
3) Oficina de desenho (algumas sugestões):
a. Desenho cego de observação: uma forma divertida de realizar essa atividade é com pedaços pequenos de papel que caibam em bolsos de paletó. Os alunos vestem o paletó e desenham algo que estejam observando. O desenho é, porém, feito dentro dos bolsos, direito e esquerdo ao mesmo tempo.
b. Desenho com os olhos vendados: sem ver o que estão fazendo, os alunos devem fazer seu auto-retrato duas vezes, primeiro com a mão direita e depois com a mão esquerda. Em seguida, ao verem o resultado, devem transferir os elementos mais "estranhos" dos dois desenhos para um produto final.
c. Retrato falado: o professor, ou um aluno, descreve alguém e os outros devem fazer seu retrato.
d. Desenho com as garras: colar com fita adesiva pedaços de giz de cera e carvão nas pontas dos dedos e propor que os alunos façam os desenhos com todos os 10 dedos. É interessante fazer isso com uma música de fundo e variá-la.
e. Desenho do vazio: observar o espaço vazio entre os objetos da sala ou entre as casas e os prédios na rua e desenhar estes espaços e não os objetos.

Bibliografia
Estas sugestões de oficina são adaptações de alguns dos mais de 60 trabalhos relatados por Anna Marie Holm em "Fazer e Pensar Arte", publicado pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo, 2005.


Fonte: http://educacao.uol.com.br/planos-aula/ult3900u112.jhtm

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Tecnologia em Sala de Aula


Tecnologia na sala de aula
“Com metodologia certa e bom planejamento, professor pode levar o mundo para dentro da classe”
(Erika Nakahata)

Glaucia da Silva Brito é fundadora e coordenadora do Grupo de Estudos Professores, Escola e Tecnologias Educacionais (Gepete) e professora do curso de Comunicação Social e da pós-graduação em Educação oferecidos pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), deve-se ter o cuidado de planejar a aula com a utilização da tecnologia e também sem ela. 
Afinal, nunca se sabe quando haverá uma queda de energia elétrica ou quando algum imprevisto impedirá o uso do laboratório de ciências, que havia sido planejado. Esses e vários outros temas fazem parte das discussões realizadas via internet pelo Gepete, grupo que a cada semana recebe de 15 a 20 solicitações de adesão. A seguir, confira a entrevista de Gláucia ao Guia Prático para Professores:

Guia Prático: Tecnologia é sinônimo de benefícios à educação?
Glaucia da Silva Brito: Se o professor não usar a metodologia adequada, a tecnologia não agregará nada às suas aulas. Já vi professor usando quadro digital apenas para mostrar um texto e pedir que os alunos o lessem, o que poderia perfeitamente ser feito com papel. A questão é a metodologia. Não se trata apenas de uma instrumentalização do professor, de ensinar a ligar e desligar, mas de disponibilizar uma formação continuada e acompanhá-lo no planejamento, mostrando como ele pode usar determinado recurso, quando e por quê.

GP: O que muda na metodologia?
GSB: É preciso pensar a aula com e sem tecnologia, o que dá mais trabalho. Planejo uma aula sobre fotossíntese, por exemplo: vou levar a turma ao jardim, vamos coletar folhas, observá-las no microscópio do laboratório de ciências, assistir a um filme sobre fotossíntese e pesquisar sobre o tema na internet. Mas, naquele dia, depois de coletar as folhas, não conseguimos entrar no laboratório, porque a sala está sendo usada por alunos do Ensino Médio. Ou não consigo exibir o vídeo porque estamos sem energia elétrica. Minha aula acabou? Não, ela precisa continuar. Por isso, é preciso planejar uma aula com recursos tecnológicos e a mesma aula sem eles, lembrando que o equipamento não tem força nenhuma, mas sim o professor, que sabe dar sua aula, independentemente de usar o quadro de giz ou um computador.
“Já vi professor usando quadro digital apenas para mostrar um texto e pedir que os alunos o lessem, o que poderia ser feito com papel”

GP: Como está o uso da tecnologia na educação brasileira?
GSB: Hoje, de uma maneira ou de outra, o professor tem tecnologia à sua disposição, seja um retroprojetor ou um computador de última geração. A questão é como está sendo feita a formação continuada desse professor para que ele possa usá-la. E defendo que a culpa não é dele. O problema começa na formação que recebe nas licenciaturas, já que poucos currículos discutem o uso das tecnologias na ação pedagógica. Além disso, muitos projetos relacionados à tecnologia culpam o professor por seus resultados. Mas não se pode chegar com um equipamento e exigir que o professor o use sem receber a formação necessária para tirar proveito dele. O professor já entendeu que está no século XXI, que trabalha com crianças e jovens em uma sociedade tecnologizada e precisa inovar sua ação pedagógica. Mas é preciso pensar na formação desse professor, do início ao fim do projeto, e depois em sua formação continuada.

GP: Qual a situação das escolas brasileiras nesse contexto?
GSB: As escolas públicas ainda ficam muito dependentes dos projetos governamentais para levar o equipamento às escolas. Além disso, alinhado ao projeto em si, é preciso que haja outro, voltado à formação dos professores para o uso da tecnologia implantada. Já na escola privada não há carência de equipamentos, mas nem sempre é oferecida a formação adequada. Soube de uma escola que trocou os quadros de giz por quadros digitais e viu seu número de alunos cair depois de um semestre porque os professores não sabiam explorar o recurso. Outro aspecto é o fato de muitas escolas privadas permanecerem naquele modelo da década de 1990, com o laboratório de informática, quando já poderiam disponibilizar uma rede sem fio e seus alunos poderiam levar seus notebooks.

GP: Não haveria risco de o aluno utilizá-lo para outros fins?
GSB: Não podemos garantir que o aluno sentado no fundo da sala, olhando para o professor, está realmente prestando atenção na aula. Com ou sem tecnologia, a dúvida sempre existirá. Por isso, cabe ao professor planejar sua aula e explicar ao aluno sua estratégia, indicando o momento de usar o computador e o momento de prestar atenção no que está sendo dito. Isso pressupõe que o docente revise seus materiais e atualize suas leituras. Não dá mais para se apoiar nos caderninhos escritos anos antes, que são muito comuns no Ensino Fundamental. O professor precisa estudar continuamente, o que torna essa mudança na metodologia mais trabalhosa. Mesmo assim, já há algum tempo o professor quer aderir às tecnologias, mas para isso precisa de uma boa formação e de suporte, de modo que se sinta seguro ao usá-las.

GP: Na prática, qual o segredo para explorar adequadamente a tecnologia?
GSB: O mais importante é o professor não usar o retroprojetor, o data show, a televisão em que insere o pen drive ou qualquer outro recurso apenas para expor conteúdo. É preciso utilizar a tecnologia para que o aluno também produza. A dica é envolvê-lo na produção para que ele também utilize a tecnologia e não fique restrito a uma participação passiva diante da tecnologia. Caso contrário, a aula se tornará cansativa.



Entrevista retirada de:

Plano de Aula "Aula-Fora"


Plano de aula Visita ao Museu
Fonte: http://planosdeaulas.blogspot.com.br/2008/03/httpeducacao_29.html

Objetivos
1) Realizar um estudo de meio que vá além de um simples passeio ou de um questionário a ser respondido pelos alunos após a visita;

2) Explorar o potencial educativo de museus e exposições para a disciplina de artes.

Ponto de partida
Escolha um museu ou exposição de arte em sua cidade ou numa cidade próxima. Verifique se existe um programa educativo com visitas e material para professores. Se houver, agende uma visita e participe das atividades para professores, se não, prepare você mesmo um roteiro. De qualquer forma, é fundamental que você visite a exposição antes de levar seus alunos. Sirva-se também do texto Arte, o que é isso? e de outros disponíveis na seção de Artes e Cultura brasileira do site Educação.
Comentário introdutório
Ir a museus e exposições não é simplesmente um ato "ilustrativo" do conteúdo dado em sala de aula. Museus são locais com grande potencial educativo, onde é possível ter contato com obras de arte originais, além de uma verdadeira noção do que é patrimônio histórico e cultural.

Se seus alunos nunca foram a um museu, é importante preparar bem a visita para desmistificar a idéia que muitos têm de que museu é "chato", "lugar de coisa velha"etc.

Estratégias
1) Antes da visita:

Escolha a exposição e visite-a;

Agende a visita, se possível;

Conte para seus alunos e prepare uma aula sobre o tema;

Leve imagens para a sala de aula e esclareça alguns conceitos;

Faça uma leitura e interpretação do texto sugerido.

Explique para seus alunos o que é um museu, quais são as regras, por que não devemos tocar em obras de arte.

A maioria dos museus não permite fotografar o acervo, porém nada impede que se registre a visita como um todo, a saída, o museu por fora e pontos interessantes do trajeto.

2) A visita:


A ida ao museu faz parte da visita e o trajeto percorrido chama muito a atenção. Lembre-se também: a saída da escola é uma quebra na rotina.

Se houver agendamento com educadores do museu, os alunos serão divididos em grupos que deverão permanecer unidos até o final. Já se não houve agendamento, siga o roteiro previamente elaborado.

De uma forma ou de outra, não se deve ter a expectativa de ver todo o acervo do museu ou toda a exposição, a não ser que seja pequeno. A visita em grupo deve ser prazerosa e estimular os alunos a voltarem posteriormente com sua família ou amigos.

Não é interessante que os alunos levem questionários para ser respondidos no decorrer da visita. O melhor mesmo é fazer a visita orientada pelo educador, sem fazer anotações.

3) Depois da visita:


Retome em sala de aula o que foi discutido na visita.

Proponha atividades como redações, relatórios e desenhos sobre o passeio.

Verifique quem fotografou a visita e selecione imagens que possam ser expostas.

Sugestões e dicas
Prepare um relatório coletivo. Em uma pasta, agrupe o material escrito, gráfico e fotográfico dos alunos de forma que todos possam ter acesso.


Uma ideia de Sarau para os Professores!!


Esta seqüência didática aborda um conteúdo curricular pouco ensinado atualmente: a poesia. Conhecer esse gênero é altamente desejável não só para a formação do leitor e do escritor que aprecia e sabe fazer uso de recursos da linguagem literária, como também para a formação de um ser humano mais sensível à poesia da realidade que está à sua volta.
Antes de iniciar o trabalho, vamos refletir sobre por que vale a pena ensinar poesia na escola. A poesia desperta a sensibilidade para a manifestação do poético no mundo, nas artes e nas palavras. O convívio com a poesia favorece o prazer da leitura do texto poético e sensibiliza para a produção dos próprios poemas. O exercício poético desenvolve uma percepção mais rica da realidade, aumenta a familiaridade com a linguagem mais elaborada da literatura e enriquece a sensibilidade.
Poesia e Poema
No ensino da poesia, é muito comum haver confusão entre o que é poesia e o que é poema, como se fossem vocábulos sinônimos. Então, poesia e poema significam a mesma coisa?
Não. Poesia é um termo que vem do grego. No sentido original, poiesis é a atividade de produção artística , a atividade de criar ou de fazer . De acordo com essa definição, haverá poesia sempre que, criando ou fazendo coisas, somos dominados pelo sentimento do belo, sempre que nos comovermos com lugares, pessoas e objetos. A poesia, portanto, pode estar nos lugares, nos objetos e nas pessoas. Assim, não só os poemas, mas uma paisagem, uma pintura, uma foto, uma dança, um gesto, um conto, por exemplo, podem estar carregados de poesia. Poema é uma palavra que vem do latim poema, que significava 'poema, composição em verso; companhia de atores, comédia, peça teatral', e do gr. poíéma 'o que se faz, obra, manual; criação do espírito, invenção'. Portanto, poema é poesia que se organiza com palavras.
Objetivo
Aprender a escutar, ler, compreender, interpretar, declamar e produzir poemas. Reconhecer e fazer uso de recursos da linguagem poética, quanto à sonoridade.
Conteúdos específicos
Poesia e poema, rima, verso e estrofe.
Recursos da linguagem poética, quanto à sonoridade: rima; e quanto ao significado das palavras: linguagem figurada, conotação e denotação, metáfora.
Material necessário
A classe vai precisar de uma lata média ou de um balde com alça e de tintas, papel colorido ou páginas de revistas para decorar o objeto, que será a lata do poeta, onde tudonada cabe. Você também vai precisar de uma TV e de um videocassete ou DVD player.

Desenvolvimento das atividades
Para criar um ambiente favorável ao estudo, leve para a classe imagens e breves biografias dos poetas que serão lidos em sala de aula. Os alunos devem ser solicitados para também pesquisarem imagens e biografias. Organize um painel num canto da sala com esse material e dê um título a ele ou faça um concurso entre os alunos para a escolha do nome da área. Na medida em que o trabalho avançar, ali podem ser fixados poemas de autores escolhidos pelos alunos ou poemas produzidos por eles.
Explique para a classe que, juntos, vocês vão ampliar a compreensão da linguagem poética, dedicando-se agora ao estudo específico da metáfora.
Roda de conversa
Dê um tempo para a classe discutir as questões em pequenos grupos. Depois, abra uma roda de conversa e solicite que comentem sobre o que conversaram. Esse momento dará a você uma idéia do que seus alunos já sabem ou pensam sobre metáfora e linguagem subjetiva e objetiva. Na roda de conversa, eles estarão expondo o conhecimento prévio que têm do tema.
Os poemas
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhoso espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...


(Fonte: QUINTANA, Mário.
Esconderijos do tempo. Porto Alegre: L&PM,1980.)

Depois dessa primeira leitura, escreva o poema na lousa ou forneça cópias do texto para os alunos. Pergunte: Poemas são a mesma coisa que pássaros? Que semelhanças o poeta vê entre pássaros e poemas e que permitem ao poeta dizer Os poemas são pássaros ... ?
Amor é um fogo que arde sem se ver
Amor é um fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
A lata do poeta
Leve uma lata média ou um balde com alça para a classe. Oriente os alunos para decorar a lata por fora, pintando-a ou recobrindo-a com papel colorido. Ela será a Lata do Poeta, onde tudonada cabe.


O que vai dentro da Lata do Poeta?
Organize um acervo de livros de poesia ou cópias de poemas de diferentes poetas. Exponha os livros e os poemas sobre um tecido bem bonito no chão da sala de aula e solicite que cada aluno selecione metáforas nos poemas expostos. Para isso, eles terão de ler vários. Deixe-os escolher à vontade. Este momento não pode ser apressado. Planeje um tempo para a atividade. As metáforas deverão ser copiadas em papel cartão, com letra bonita, e jogadas dentro da Lata do Poeta . A lata (ou balde) ficará pendurada no pátio da escola. Os colegas das outras turmas, além de professores, funcionários e pais serão convidados a jogar mais metáforas dentro da Lata do Poeta.
Sarau
Em data marcada previamente, organize um sarau para eles se apresentarem, declamando os poemas, que podem ser lidos ou falados de cor. Explique para a classe o que é sarau. Antigamente os saraus eram manifestações artísticas de teatro, dança, música e poesia apresentadas para nobres e reis. Hoje continua sendo encontro literário, com a reunião de pessoas para recitação e audição de obras em prosa ou verso.
Consultoria: Heloísa Cerri Ramos
Professora de Língua Portuguesa- Revista nova Escola

Sarau – segundo exemplo
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=18593

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula
Identificar a sonoridade das palavras.
Recitar poesias, explorando os recursos existentes na oralidade e valorizando os sentimentos que o texto quer transmitir.
Valorizar entonação de voz, fluência, ritmo e a pronúncia como maneiras de articular e aperfeiçoar a oralidade.
Conhecer a prática social de um sarau.
Valorizar a apreciação do texto poético, promovendo a leitura e a declamação de poemas.
Perceber as especificidades da linguagem poética.
Duração das atividades
6 aulas geminadas (1 hora e 40 minutos cada)
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Domínio de habilidades de leitura e de escrita.
Habilidade de comunicar com concisão informações de seu interesse.
Domínio do registro linguístico adequado aos propósitos do trabalho proposto.
Identificação, nos suportes, de fontes de informação.
Domínio de habilidades de leitura para reconhecer a linguagem figurada
Distinção dos usos de recursos de linguagem em outros gêneros textuais.
Estratégias e recursos da aula

Aula 1

Professor,
Pergunte aos seus alunos se eles têm o hábito de ler poemas, se gostam e se lembram de algum que lhes foi marcante.
Selecione previamente alguns poemas para apresentar à turma. Escolha alguns exemplos de poetas brasileiros, de modo que haja uma variedade significativa de poemas em sala de aula para que os alunos tenham acesso a essa leitura.
Em outro momento, você pode solicitar que escolham entre os poemas que você trouxe aqueles de que mais gostaram.Os alunos também podem fazer uma pesquisa - com sugestão de autores dada por você ou não - para selecionar em diferentes poemas aqueles que achem interessantes. Você, professor, sabe qual a melhor estratégia se aplica aos seus alunos, mas é preciso que você os incentive a ter interesse pelo trabalho.
Eis algumas sugestões de poetas de nossa Literatura:
  1. Cecília Meireles
  2. Carlos Drummond de Andrade
  3. Henriqueta Lisboa
  4. Mario Quintana
http://www.aomestre.com.br/liv/img_autores/vinicius-de-moraes.jpg (Acesso em 03/05/2010)
Em "Recursos Complementares" há sugestões de sites com coletâneas de poemas de cada poeta acima.
Promova a leitura de alguns poemas em sala de aula.
Seja você o leitor ou pergunte se há algum aluno que queira ler um poema. O importante é que, durante a leitura, sejam explorados os recursos usados para a expressão poética, valorizando rimas e as imagens criadas.
Depois, peça que os alunos coloquem, em um painel ou em um varal a ser fixado em sala de aula, os poemas com que mais se identificaram, juntamente com um registro escrito de indicação de leitura para outros colegas ou para eventuais leitores que terão acesso ao material exposto.
Nesse registro, é preciso que o aluno escreva que tipo de identificação teve com aquele poema escolhido, além de uma forma de recomendar a leitura ao outro.

Aula 2

Professor,
Converse com seus alunos sobre a importância de se ler um poema com expressividade, com ritmo e entonação adequados, observando a sonoridade das palavras, as ideias contidas nele e que tipo de emoção pode provocar no interlocutor.
Depois, promova uma comparação entre uma leitura sem expressividade e outra com toda a emoção pertinente a esse gênero. Para evitar constrangimentos, seja você o leitor nessas duas situações. Deixe que os alunos expressem a sua opinião sobre as diferenças entre as leituras e incentive-os a justificar a opinião, buscando argumentos que remetam aos textos lidos e às impressões que as leituras causaram.
Depois dessa atividade, pergunte se algum aluno quer tentar fazer uma leitura. Reforce para cada um deles que a leitura deve ser bastante expressiva e, se quiserem um tempo para se preparem para a leitura, dê-lhes esse momento. Além disso, quando conhecemos o texto, isso já nos ajuda a antecipar a entonação que daremos e escolher como daremos 'vida' às palavras. O restante da turma fará a comparação entre as leituras e fará recomendações para que os colegas aprimorem a sua leitura. Peça a quem se prontificar a opinar que exemplifique como ele faria a leitura de algum verso, de alguma estrofe ou mesmo do poema todo.
Cuide, professor, para que este seja um momento de aprendizagem entre os alunos e evite que qualquer um deles se sinta constrangido pela opinião de um colega.

Dá-me a tua mão

Clarice Lispector
Dá-me a tua mão:
Vou agora te contar
como entrei no inexpressivo
que sempre foi a minha busca cega e secreta.
De como entrei
naquilo que existe entre o número um e o número dois,
de como vi a linha de mistério e fogo,
e que é linha sub-reptícia.
Entre duas notas de música existe uma nota,
entre dois fatos existe um fato,
entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é entre o sentir
- nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos
e chamamos de silêncio
e nesse profundo silêncio se esconde
minha imensa vontade de gritar.
http://clubedolivro.forumbrasil.net/poesias-f7/da-me-a-tua-mao-clarice-lispector-t325.htm (Acesso em 13/04/2010)
Registre as impressões da turma em relação às leituras feitas pelos dois alunos. Que aspectos devem ser observados nas leituras? Por quê? Como deveria ser feito? O que mudou de uma leitura para outra?

Aula 3

Professor,
Peça para os alunos confeccionarem os cartazes ou um folder de divulgação do Sarau, bem como os convites a serem distribuídos para a comunidade escolar e o programa das apresentações.
Existe um site explicativo sobre convites:
http://office.microsoft.com/pt-br/publisher/HP010421041046.aspx (Acesso em 03/05/2010)
Lembre aos alunos que, tanto no folder de divulgação do Sarau, quanto nos convites, devem constar informações importantes, tais como:

Nome do evento

Lugar de realização do evento

Horário

Além disso, ao elaborarem os programas, relacionem: as apresentações, quem delas participará, os poemas que serão apresentados, juntamente com os nomes dos poetas, e dos nomes das músicas/composições utilizadas como trilha sonora das apresentações.
Tanto o folder como o convite e os programas podem ser feitos de maneira artesanal ou digitado no laboratório de informática.
Caso seja artesanal, convide o(a) professor(a) da área de artes para auxiliar a turma nesse momento.

Aula 4

Professor, este é o dia da realização do Sarau Poético.
Peça que os alunos organizem antecipadamente o lugar onde será realizado o Sarau. Podem ser expostos os poemas lidos na primeira aula, as fotos dos alunos e os registros realizados ao longo das aulas em painéis espalhados no entorno das apresentações.
Os alunos que não apresentarão os poemas, ajudariam na sonoplastia, na distribuição dos programas aos convidados, no registro desses momentos, na organização de um modo geral.
Recursos Complementares
Eis algumas sugestões de sites que poderão ser úteis para você, Professor, nessa sequência didática:
www.tvcultura.com.br/aloescola/literatura/ceciliameireles/index.htm - Sobre Cecília Meireles (Acesso em 03/05/2010)
www.memoriaviva.com.br/drummond/verso.htm - Sobre Carlos Drummond de Andrade (Acesso em 03/05/2010)
www.estado.rs.gov.br/marioquintana/index.ph
Sobre Mário Quintana (Acesso em 03/05/2010)
www.viniciusdemoraes.com.br- Sobre Vinícius de Moraes (Acesso em 03/05/2010)
Avaliação
Professor,
Depois da apresentação do Sarau de Poesias, os alunos podem fazer uma avaliação dos trabalhos, em que cada um falará sobre as dificuldades encontradas para fazer a apresentação e os aprendizados adquiridos. Podem também fazer comentários sobre o desempenho dos demais e, principalmente, avaliar a recepção da apresentação junto ao público. Os elementos apontados pelos alunos devem compor um relatório no qual se poderá consultar o que é preciso considerar para aprimorar as apresentações da turma para um público convidado. Além disso, essa sequência didática permite que se faça uma avaliação em relação à leitura oral, analisando, em especial, a forma que eles utilizam para se expressar, de utilizar a entonação mais adequada, observando a sonoridade das palavras, a postura, os recursos de captação de atenção da plateia.